Embriologia dos Metazoa
- Terceiro Cientista
- 20 de ago. de 2020
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O ciclo reprodutivo sexual dos animais consiste na união de duas células sexuais haploides: o gameta feminino- óvulo – e o gameta masculino – espermatozoide. A célula resultante é o ovo zigoto diploide (2n), que contém material genético dos dois gametas. Esse ovo sofre sucessivos processos de divisão, denominados clivagem, até formar o estágio da mórula, que é um conjunto maciço de células.
Com o tempo, as células que formam esse embrião migram para as extremidades, e em seu interior, denominado blastocele, forma-se um local preenchido por água. Este novo estágio denomina-se blástula, a apomorfia dos metazoa e o limite do desenvolvimento embrionário do filo dos poríferos. Após a formação da blástula, o embrião forma a gástrula em um processo denominado gastrulação. Esta estrutura delimita o fim do desenvolvimento embrionário dos cnidários. Os platelmintos continuarão seu desenvolvimento embrionário com a migração das células do ectoderma e endoderme para o meio, formandos a mesoderma e por esse motivo são denominados triblásticos acelomados. Nesses animais surgem também os músculos. Quanto aos representantes do filo dos nematoides, as células do ectoderma e endoderme ocuparão apenas parte do meio, formando a mesoderma, sendo também seres triblásticos, mas desta vez pseudocelomados, uma vez que mesoderma e endoderme estão separados.
Dessa maneira, podemos concluir que, os poríferos, por se desenvolverem até a blástula, não são diblásticos muito menos triblásticos e não desenvolvem tecidos verdadeiros. Os cnidários chegam ao estágio de gástrula, mas não desenvolvem três folhetos embrionários (não desenvolvem mesoderma) sendo chamados de diblásticos. Além disso, por esse mesmo motivo não possuem celoma. Platelmintos são triblásticos, porém acelomados, por serem maciços e não possuírem cavidades. Nematoides são triblásticos e pseudocelomados, pois a mesoderma reveste parcialmente o embrião. Todos os outros filos em diante são triblásticos e celomados.
Outro fato importante a se destacar é que os poríferos por serem os únicos que param seu desenvolvimento na blástula são colocados em um clado chamado “parazoa” enquanto os demais, que se desenvolvem além da blástula, são chamados são colocados em um clado chamado “eumetazoa”. Por fim, mas não menos importante, podemos citar o desenvolvimento do blastóporo (abertura do arquêntero). Todos aqueles onde o blastóporo dá origem ao ânus, se chamam “deuterostômios” - equinodermos e cordados - e todos onde ele dá origem à boca se chamam protostômios - demais filos.
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